quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Exaltação da Santa Cruz


Nm 21, 4b-9 ou Fl 2, 6-11 / Jo 3,13-17 – Festa, cor: vermelha
A festa da Exaltação da Santa Cruz é uma ocasião em que reafirmamos nossa herança com a vitória de Cristo e nos tornamos vitoriosos com Ele. “Com, efeito, a linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que estão sendo salvos, ela é poder de Deus.” (1Cor 1,18). A Cruz é o nosso orgulho e a nossa glória. Nosso orgulho porque aceitamos a morte do Filho do Homem como sendo o caminho para a ressurreição e para a libertação de todo o nosso pecado. Nossa glória, a verdadeira glória, porque desce sobre nós através da morte de Cristo Jesus e através da nossa fé Nele.
O centro da nossa fé e a nossa vitalidade está no Batismo que recebemos. O nosso Batismo é a nossa participação com o Senhor em Seu sepultamento e na sua ressurreição: “Compreendemos bem isto: o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que seja destruído esse corpo de pecado e, assim, não sejamos mais escravos do pecado.(Rm 6,6).
Após as críticas do povo a Deus e a Moisés “... o Senhor enviou contra o povo serpentes abrasadoras que morderam, e morreu muita gente em Israel(Nm 21, 6); mas Deus em sua infinita misericórdia e bondade disse a Moisés que intercedeu por seu povo “’Manda fazer uma serpente abrasadora e fixa-a numa haste: todo aquele que for mordido e olhar para ela, terá sua vida sala’” (Nm 21,8). Assim podemos dizer que este é o segredo da serpente de bronze: o que diminui e nos destrói, também destrói, a força que nos cura e nos transforma.
Portanto, devemos parar de olhar para nós mesmos e, elevar nossos olhos para o Homem na cruz, pois Ele nos disse: “Quanto a mim, quando eu for elevado da terra, atrairei a mim todos os homens.” (Jo 12, 32).
Como surgiu:
Segundo a tradição, a verdadeira cruz de Cristo foi descoberta em 326 por Helena de Constantinopla, mãe do Imperador Constantino I, durante a peregrinação à cidade de Jerusalém. A Igreja do Santo Sepulcro foi construída no local da descoberta, por ordem de Helena e Constantino. A igreja foi dedicada nove anos após, em 335, com uma parte da cruz em exposição. Em 13 de setembro ocorreu a dedicação da igreja e a cruz foi posta em exposição no dia 14, para que os fiéis pudessem orar e venerá-la. Em 614 os persas invadiram a cidade e tomaram a cruz, que foi recuperada pelo Imperador Bizantino Heráclio em 628. Após um ano em Constantinopla, a cruz retorno ao Santo Sepulcro.


2 comentários:

  1. Maria Izabel, isso é uma verdadeira aula de teologia.
    Parabéns.
    Não é à toa que a Coordenadora de Liturgia mais competente que conheço!
    bzus

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  2. Bel, primeiramente parabenizo você pelo blog, pois sei que não é fácil "dar a cara a tapa" e evangelizar o povo através dos meios de comunicação digital. Afinal de contas, a escrita é uma prova concreta do que falamos, rs...
    Parabenizo também pelos ótimos artigos postados... e sinceramente, não conhecia essa história da Santa Cruz... pois é, vivendo e aprendendo.
    É muito bom tê-la como amiga!

    Grande Abraço

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